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Escarlatina

Atualizado: 10 de dez. de 2021


foto de criança com manchas de pele da escarlatina

O que é Escarlatina?


Escarlatina é uma doença infectocontagiosa aguda caracterizada por infecção de garganta + febre alta + manchas vermelhas no corpo.

É causada pela bactéria estreptococo beta-hemolítico do grupo A, também conhecida como Streptococcus pyogenes, a mesma bactéria que causa amigdalite e impetigo. As manchas resultam da reação do corpo às toxinas desta bactéria e dependem de predisposição genética, ocorrendo em menos de 10% dos casos de infecções.



Sintomas e sinais de Escarlatina

  • febre, muitas vezes alta, é geralmente o primeiro sintoma;

  • manchas vermelho-escarlate na pele, cobrindo a maior parte do corpo, 12 a 48h após o início da febre;

  • pele áspera, com sensação de lixa ao toque;

  • palidez perioral (Sinal de Filatov);

  • lesões acentuadas nas dobras cutâneas (Sinal de Pastia);

  • garganta inflamada;

  • língua branca, que evolui em alguns dias para descamação adquirindo coloração vermelha intensa (língua de framboesa);

  • ínguas aumentadas na região do pescoço;

  • descamação tardia de pés e mãos.

petéquias no pálato mole, língua saburosa e língua em framboesa em paciente com escarlatina

Outros sintomas inespecíficos são dor abdominal, nauseas ou vômitos, dores musculares e cefaleia.



Como é a transmissão da Escarlatina


A transmissão escarlatina ocorre pelo contato com saliva ou gotículas de tosse ou espirro de uma pessoa infectada. Após o contágio, os sintomas iniciam-se em 2 a 4 dias.

Crianças entre 5 e 15 anos são o grupo mais atingido, sendo rara em menores de 3 anos e adultos. É uma doença que se propaga em ambientes de aglomerações, como escolas e tem predomínio da incidência de casos na primavera.



Diagnóstico de escarlatina


O diagnóstico da escarlatina na grande maioria das vezes é clínico, pela soma dos sintomas e dos sinais encontrados no exame físico realizado pelo médico. Em casos onde houver dúvida, podem ser realizados exames com teste rápido para estreptococos (disponível em poucos locais) ou a cultura de amostra de secreção da garganta para identificação do germe.



Riscos da Escarlatina


Escarlatina já foi uma doença grave na era pré-penicilina. Hoje os casos costumam ser leves e as complicações são vistas em situações onde o tratamento não foi realizado ou foi feito de tardiamente.

Complicações da escarlatina incluem:


Supurativas (que produzem pús):

  • abscessos

  • fasciíte necrotizante

  • bacteremia

  • síndrome do choque tóxico estreptocóccico

  • meningite

  • pioartrite

  • endocardite

  • osteomielite

  • peritonite

  • sinusite

  • meningite e abscesso cerebral, devido à infecção por contigüidade via mastóide ou disseminação pelo sangue.

Não-supurativas:

  • glomerulonefrite difusa aguda

  • febre reumática

  • eritema nodoso

  • eritema multiforme

  • poliarterite nodosa

  • artrite reativa



Tratamento da Escarlatina


A escarlatina é uma doença que necessita de atendimento pediátrico para diagnóstico e é tratada com antibióticos, preferencialmente penicilina, além de medicações para alívio dos sintomas.

A melhora costuma ser rápida e a doença deixa de ser contagiosa depois de 24 horas de início do tratamento.



Como prevenir a Escarlatina


Não existe vacina contra a bactéria que causa a escarlatina (veja o Calendário de Vacinação da Sociedade Brasileira de Pediatria com todas as vacinas recomendadas).

Assim, a melhor forma de evitar o contágio ou transmissão é:

  • higienizar as mãos com frequência;

  • lavar copos, talheres e pratos depois de alguém que está doente usá-los;

  • evitar contato até que o antibiótico faça efeito em caso de diagnóstico da escarlatina.

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Pediatra - Dr. Adilson Rossi Ceron

Rua Tupi, nº 1303, sala 401 - Edifício dos Viajantes - Novo Hamburgo / RS

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